De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), não é permitido deixar de pagar um empréstimo consignado sem consequências legais, já que ele é uma dívida contratada formalmente e o não pagamento pode acarretar sérias penalidades.

O empréstimo consignado é um tipo de crédito no qual as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou benefício previdenciário do tomador. Embora o CDC busque proteger o consumidor contra práticas abusivas, ele não permite que o consumidor deixe de pagar sem sofrer as consequências legais.

O que acontece se deixar de pagar o empréstimo consignado:

  1. Desconto das parcelas diretamente na fonte: No caso de empréstimo consignado, as parcelas são descontadas diretamente da sua folha de pagamento ou benefício, o que torna o pagamento obrigatório. Mesmo que você deseje parar de pagar, o desconto continuará a ser feito.

  2. Juros e multa por atraso: Caso ocorra atraso no pagamento das parcelas ou falte pagamento por alguma razão (como um erro bancário ou falta de fundos), o contrato pode prever o acréscimo de juros, multa e encargos.

  3. Dívida na praça e negativação: O não pagamento do empréstimo consignado pode levar à negativação do nome do consumidor nos órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa ou o SPC, o que prejudica o acesso a novos créditos e pode afetar sua vida financeira.

  4. Ação judicial: Caso o pagamento deixe de ser feito por motivos diversos, o credor pode entrar com uma ação judicial para exigir o cumprimento da dívida e o pagamento do valor devido, além de outras penalidades previstas no contrato.

O que fazer se não conseguir pagar:

  1. Negociar com o credor: O primeiro passo é entrar em contato com a instituição financeira e tentar renegociar as condições do empréstimo, como prazos e valores das parcelas. Em muitos casos, é possível obter um acordo que facilite o pagamento.

  2. Revisão do contrato: Se houver taxas abusivas, juros excessivos ou práticas que não foram informadas corretamente no momento da contratação, você pode questionar o contrato com o apoio de um advogado especializado ou recorrer ao Procon.

  3. Assistência jurídica: Caso não consiga negociar, pode ser necessário procurar a justiça para reverter condições de pagamento ou discutir cláusulas do contrato que sejam consideradas abusivas.

Portanto, embora o CDC proteja o consumidor contra práticas abusivas, ele não isenta a responsabilidade de pagar o empréstimo consignado. O ideal é buscar a renegociação ou procurar assessoria jurídica para resolver a situação de forma adequada.

 

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